sábado, 31 de dezembro de 2011

CASTRA OU NÃO CASTRA.



Castrar ou não castrar?


Castrar, sim. E o quanto antes.


Castrar um cão ou gato é mais do que uma questão de reprodução: é uma questão de saúde. Castrando o seu bichinho você está prolongando a vida dele.

A principal doença reprodutiva das cadelas, e o tumor mais comum de cadelas sexualmente intactas, é o tumor de mama. Ele é o segundo tumor mais frequente em cadelas e o terceiro mais comum em gatas. É provado que a sua incidência cai para 0,5% quando a cadela é castrada antes do primeiro cio, mas o efeito da castração na diminuição da incidência deste tumor vai diminuindo com o tempo, sendo que não se altera se a cadela for castrada após o segundo cio. Já nas gatas, a ocorrência de tumor de mama é sete vezes maior em fêmeas não castradas do que naquelas castradas.

Além dos tumores de mama, a castração precoce previne virtualmente quase todos os outros tumores relacionados ao sistema reprodutor, tanto em machos quanto em fêmeas, assim como outras doenças do sistema reprodutor. Por exemplo, uma doença muito comum em cadelas e gatas, principalmente naquelas que receberam hormônios para evitar o cio, é o Complexo Hiperplasia Endometrial Cística PIOMETRA, doença que se não for tratada a tempo, ou seja, se não for realizada a retirada do útero, pode levar a morte.


Idéias erradas

Há varias idéias falsas sobre os efeitos prejudiciais da castração nos cães. Conheça os mais comuns:

“Cão castrado é mais propenso a problemas de saúde.” 
FALSO: a probabilidade de pegar doenças não aumenta com a castração. Antes pelo contrário: a retirada de útero e dos ovários, ou testículos, acaba com a possibilidade de infecções e tumores naqueles órgãos, e de complicações ligadas à gravidez e ao parto. Sem acasalamentos, as doenças sexualmente transmissíveis deixam de representar risco. Cai a incidência de tumores da mama.

"Acasalar deixa o cão emocionalmente mais estável.”
FALSO: dependendo das disputas, o acasalamento pode até causar instabilidade emocional.

”A fêmea precisa ter crias para manter o equilíbrio emocional.”
FALSO: não há relação entre os dois fatos. O equilíbrio emocional fica completo com a maturidade, que ocorre por volta dos dois anos nos cães não castrados. Se uma cadela se mostrar mais calma e responsável depois da primeira ninhada, é porque amadureceu devido a ter avançado na idade e não porque se tornou mãe.

A falta de prática sexual causa sofrimento.”
FALSO: o que leva o cão à iniciativa de acasalar é exclusivamente o instinto de procriar, e não o prazer nem a necessidade afetiva. O sofrimento pode atingir machos não castrados. Por exemplo, se vivem com fêmeas e não podem cruzar, ficam mais agitados, agressivos, não comem e perdem peso.

”Castrar reduz a agressividade do cão de guarda.”
FALSO: a agressividade necessária para a guarda é determinada pelos instintos territoriais e de caça e pelo treinamento, sem ser alterada pela castração. A dominância e a disputa sexual criam oportunidades para o cão usar a agressividade que tem, mas não são as causas dela.


A castração ajuda a corrigir comportamentos indesejáveis


É o que garante um estudo feito em cães machos pelo Veterinary Mudical Teaching Hospital, da Universidade da Califórnia, em conjunto com a Small Animal Clinic, da Universidade de Michigan. Bastou a cirurgia ser feita para, em grande parte dos casos, cessar o comportamento indesejado, obtendo-se uma rápida solução. Em outros casos, de maus-hábitos mais arraigados, a correção demorou mais, por exigir também um trabalho de reeducação do cão. Veja os resultados:

FUGIR – 94% dos casos foram resolvidos, 47% rapidamente.

MONTAR – 67% dos casos foram resolvidos, 50% deles rapidamente.

DEMARCAR TERRITÓRIO – 50% dos casos foram resolvidos, 60% deles rapidamente.

AGREDIR OUTROS MACHOS – 63% dos casos foram resolvidos, 60% deles rapidamente.


Quanto custa pra castrar?
Economicamente, a cirurgia em filhotes é muito menos onerosa do que em adultos, pois consome menores quantidades de anestésicos e materiais em geral, sem ainda falar no tempo, pois a cirurgia é muito mais rápida.

Outra vantagem em se castrar filhotes é fazer com que após a adoção, não exista o risco destes animais se reproduzirem e agravarem problema da superpopulação, pois, a maioria dos proprietários não está consciente do problema e deixa seus animais se reproduzirem sem critérios. Quando se trata da fêmea o quadro é ainda pior, pois, muitas vezes o que vemos são os donos matarem os filhotes assim que nascem ou jogá-los na rua para que morram ou sejam adotados, e quando eles sobrevivem acabam se tornando cães vadios, sem dono, passando fome nas ruas e transmitindo doenças para outros animais e mesmo para as pessoas. 

Adoção de filhotes: variante do golpe dos nigerianos.

    Uma de nossas colaboradoras decidiu criar um buldogue inglês e saiu a procurar pela Internet. Logo descobriu que filhotes dessa raça de cachorro podem custar até cinco mil reais. Muito dinheiro. Mas ela teve uma surpresa: havia pessoas interessadas em doar um desses filhotes. Ela nos diz: "Achei estranho o fato de alguém doar um filhote que custa 5.000 reais, mas respondi aos anúncios." Seguimos os links por ela informados e descobrimos mais de uma centena de "doadores". Tudo pilantragem. Logo de início, surge o saite Quebarato.com.br. No dia 24 de junho de 2009 o saite mantinha 117 anúncios de bulldogs e yorkies para adoção. Na primeira página de resultados existem nove anúncios. Oito deles têm a mesma chamada: bulldog Inglês para adopção, todos eles precedidos de uma das palavras: cativante, doce, angelical, fantástico ou affecionate. As localidades indicadas nos mais de cem anúncios, onde se encontrariam os filhotes, são as cidades de Aracaju - SE, Salvador - BA, Barro Alto - GO, Belo Horizonte - MG, Vitória - ES, Jacareí - SP, Jaguariúna - SP, Santos - SP, São José dos Campos - SP, Palmas - TO, Porto Alegre - RS, Santarém - PA, Rio Branco - AC, Monte Negro - RO. Como se vê, praticamente todo o Brasil é "coberto" pelos doadores. Apesar de informarem cidades brasileiras, os doadores escrevem adopção, tal qual fazem os de além mar. Doador de Sabará - MG anuncia filhote para adopção, mas indica o preço: R$ 300,00. O Padreado de Bulldog frances, e não inglês, do Rio de Janeiro custa R$0,01. Já o Inglês bulldog cachorrinho de São Paulo custa cento e vinte vezes mais: R$1,20. Um dos anúncios propagandeia adorable Inglês bulldog cachorrinho com excelente linha arterial. Quase todos os anúncios são ilustrados por imagem do filhote. Esta imagem Bulldogue inglês , por exemplo, aparece em anúncios postados por pessoas de Campo Grande - MS, São Luiz - MA, Cuiabá - MT, Rio Branco - AC, Santarém - PA e Maceió - AL. Os donos do animal dizem ser um bonitinho Inglês bulldog para um lar amoroso ou bonitinho Inglês bulldog para uma casa cuidando. Em Portugal, esta imagem Buldogue inglês é apresentada em nove anúncios doQuebarato português. Os doadores encontram-se em Lisboa, Caldas da Rainha, Castro Marim, Coimbra e Almodôvar. Mas não é apenas o buldogue inglês que é apresentado para adoção. O pequenoyorkshire, também conhecido como teacup, é anunciado várias vezes. O texto dos anúncios, bem como as mensagens, são confusos, pois trata-se de tradução de texto em inglês realizada por algum software tradutor. Como o programa não sabe distinguir se a palavra se refere a animal ou não, ele produz coisas engraçadas como o COPO DE CHÁ YORKIE PARA A ADOPÇÃOanunciado em Portugal.